Fechada,
empoeirada, esquecida, há em algum canto da casa uma arca, onde memórias dos
seus antepassados foram depositadas, e aguardam sem pressa que algum curioso dotado
de aventureiro a descubra. Digamos A Arca do Tempo.
Os lugares onde possamos encontrar uma arca estão
entre porões, quartinhos da bagunça, sótão... E podem ser aquela camiseta do time
favorito que o seu pai ganhou quando fizera 10 anos, ou o peão de madeira que o vovô esculpiu, sem falar das moedas antigas da sua tia-avó. Essas são as arcas que registraram os passos
dos vivos-antes-nós! Guardam valores: Sentimentais ou de algum colecionador fanático.
A arca não tem
rótulo e as vezes você não sabe o que é uma até encontrá-la: Um suposto álbum do
meu tio. Foi isso mesmo que encontrei no sábado a noite, no meu quartinho da
bagunça, e que bagunça! Enquanto a vida noturna prosseguia lá fora, Noite de Festival, abri aquele
criador de traças aromatizado a mofo, onde figuras representavam culturas de
diversos países. Eram selos, um Álbum de selos; Uma coleção promovida por remetentes
e destinatários, hoje essa realidade é considerada A-R-C-Á-ica para a geração Face-book.
A ARCA: O Álbum de selos |
De volta a
arca, a diversidade de selos era imensa, e página após página... Na quinta! Artrópodes!...
Classe Insecta!... Ordem Lepidoptera!... Encontrei selos que mostravam as magnificas borboletas da família
Nymphalidae e Papilionidae. São os insetos marcando
presença, até mesmo em uma arca.
Parnassius apollo (Papilionidae)
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Nymphalis polychloros (Nymphalidae) |
Nymphalis antiopa (Nymphalidae) |
Apesar de preservar a representação de
animais, esta não pode ser considerada a Arca do Noé! Foste a Arca de meu tio, e
quem a encontrou é o responsável legítimo, o seu guardião! Devo eu preservar os
valores sentimentais, ou... Alguém afim de comprar selos?