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UMA OPÇÃO DE LEITURA

A leitura nos transporta a mundos figurativos de pessoas, ambientes e situações, onde cada leitor, independentemente, dirige a sua própria narrativa. Uns lêem mais rápido que outros, outros lêem durante a noite. Há aqueles que gostam de ler nas salas de espera. E dessa forma imprimimos nos quadros mentais cores e sensações
Mas afinal de contas cadê os articulados (artrópodes) dessa estória? Pois bem, é que semana passada, em busca de algo prazeroso, adentrei a uma livraria e no destaque, cara-a-cara comigo, estava ele, ou ela: A capa de um livro que me chamou bastante atenção: "Pepetela - O Planalto e a estepe".
Na capa temos: Um besouro da família Carabidae  e uma libélula da ordem Odonata.
Comprei-o sem ao menos ler o resumo na contra capa. E para minha surpresa os articulados não estavam sendo citados a cada página virada. E enquanto procurava desesperadamente qualquer coisa que me fizesse lembrar um artrópode. Fixação! Acabei me envolvendo - Ainda não terminei de ler, quem sabe não aparece alguma barata até o final do livro.
No livro, baseado em fatos verídicos, o autor Pepetela, sociólogo, nascido em Benguela, Angola, em 1941, narrou o encontro entre um estudante angolano e uma jovem que viveram um amor proibido. A estória coloca em evidencia dualidade ideológica, política internacional, guerra, solidariedade e amor. Um retrato da Angola nos anos 60 até os dias de hoje.
Os articulados não estão presentes diretamente nesta leitura, mas as imagens da capa nos faz validar as cores e sensações dos nossos quadros mentais, quando imaginamos uma Angola de um clima tropical/sub-tropical, de florestas densas à savanas de grandes proporções. É uma Angola “recheada” por uma fauna abundante e diversa, em que os artrópodes, um dos maiores grupos do reino animal, não podiam ficar de fora, é claro!

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