Universidade da California, Riverside |
Introduzido, o
psilídeo-de-concha, Glycaspis
brimblecombei (Hemiptera: Psyllidae) é um inseto de origem australiana e tem
como hospedeiro, várias espécies do gênero Eucalyptus.
O nome do inseto é oriundo do último estádio ninfal, no qual estão sob uma “pequena
concha” formada pela solidificação dos excrementos líquidos açucarados (“honeydew”
) e de cera. Para se ter uma noção da dispersão deste, em 1998 foi introduzido nos
Estados Unidos, 2000 no México e em 2002 no Chile. No Brasil, sua aparição foi
relatada em princípio em junho de 2003, no estado de São Paulo e posterior, sua
expansão o trouxe aos estados de Minas Gerais, Goiás e Paraná.
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As características
gerais do inseto são:
- Estágios: ovo, ninfa com cinco
instares e ciclo de vida completo entre 25 e 45 dias.
- Coloração dos ovos entre
amarelada e avermelhada.
- Ovoposição quando folhas estão
abertas.
- Ninfas: Primeiros instares
coloração cinza-alaranjada a amarelo-esverdeada, antenas filiformes. Últimos
instares com abdome e primórdios das asas de coloração escura, além da presença
da “concha”.
- Adultos de coloração cinza-alaranjada
a amarelo-esverdeada, com antenas filiformes de 10 segmentos, três ocelos, rostro
curto, pernas posteriores saltatórias, quatro asas membranosas, ovos
pedunculados, aparelho bucal sugador. Fêmeas são ligeiramente maiores que os
machos (2,7 a 4,5 mm de comprimento) e machos entre 2,7 até 3,95 mm.
- Reprodução é sexuada (presença
de machos e fêmeas), sendo que as fêmeas ovipositam nas folhas abertas
- Hábito fitófago, causando danos
como o enrolamento do limbo foliar; Formação de galhas (devido a injeção de
saliva tóxica); Super brotamento (“envassouramento”), induz aparecimento de
fumagina (fungo preto saprófita que se desenvolve sobre as excreções açucaradas
que o inseto elimina); Transmissão de agentes fitopatogênicos (bactérias, vírus
e micoplasmas).
O parasitóide Psyllaephagus bliteus. Universidade da California, Riverside |
A primeira
medida que deve ser tomada para o combate do psilídeo é a quantificação dos
danos causados na tomada de decisões dentre os alicerces do manejo integrado de
pragas. Sendo que o reconhecimento dos agentes do controle natural deve ser enfatizado,
mostrando predadores generalistas como importantes ferramentas no controle
biológico: são as larvas da mosca sirfídea (Diptera: Syrphidae), larvas do
bicho-lixeiro (Neuroptera: Chrysopidae) e as joaninhas (Coleoptera:
Coccinellidae). Dentro do conceito de controle biológico clássico, foi
realizada importação de parasitóides da Austrália para a Califórnia (EUA) da espécie
(Psyllaephagus bliteus – Hymenoptera: Encyrtidae), a qual se estabeleceu no
campo, controlando a praga. A expectativa para o Brasil é promissora e está sendo
cotada através dos pesquisadores do Quarentenário “Costa Lima”, da EMBRAPA Meio
Ambiente, em Jaguariúna, SP. Então, que venham os parasitóides!
1 comentários:
Qual a data de sua postagem??
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