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O PEQUENINO VORAZ


Orius sp. em Milho
O principal gênero da família Anthocoridae, Orius (Wolff) é comumente encontrado em diversas culturas, tais como pimentão, feijão, milho, algodão, alfafa, soja, crisântemos, hortaliças e ornamentais. Além do mais, são predadores generalistas alimentando-se de afídeos, tripes, ácaros, ovos e larvas pequenas de lepidópteros.
O Predador Orius insidiosus (Say), uma espécie neártica, originária das Américas, é o de ocorrência mais comum no Brasil, presente em vários ambientes agrícolas. Devido esta grande abrangência é considerado um agente promissor no controle biológico de pragas.  Fato este observado no início dos anos 40, no estado da Virgínia (EUA), onde de 14 a 54 % da postura de Helicoverpa zea (Bod) foi destruída com a presença do pequeno voraz, O. insidiosus.


Figura 3. Orius insidiosus (Fêmea)
A crescente demanda na introdução deste eficiente predador, em programas de manejo integrado de pragas, fez como que os entomologistas e agricultores se direcionassem ao manejo do agroecossistema. Levando os mesmos, a atenção no planejamento harmônico proposto pelo MEP (Manejo Ecológico de Pragas) - Baseado em um manejo integrado de pragas, só que dando maior importância á manipulação do sistema ecológico agrícola, que visa desfavorecer as pragas e favorecer os inimigos naturais - Assim, a melhor forma de favorecer qualquer espécie do gênero Orius é manter a cobertura verde nas entre linhas da cultura, pois pode fornecer abrigo, presas alternativas (artrópodes não pragas) e pólen. Este último recurso, como alternativa na falta de presas, e pode portanto, o predador estar estar associado á Onivoria.
Dessa forma, dentro de um programa de manejo ecológico de pragas deve-se identificar qual a espécie do inimigo natural, no caso de Orius, a que se quer trabalhar - Por exemplo, O. insidiosus é eficaz no controle dos ovos de Lepidópteros como Heliothis virescens e Spodoptera frugiperda e do pulgão Aphis gossypii, enquanto O. tristicolor combate Thrips tabaci e o pulgão Myzuz persicae. 
 
Figura 1: Genitália do macho de O. insidiosus

Figura 2. Genitália da fêmea de O. insidiosus
 A identificação deve ser feita através da genitália do macho (Figura1), amparada pelas características morfológicas da genitália da fêmea (Figura 2) e do adulto (Figura3). Este método por ser eficiente na determinação da espécie permite a tomada de decisões, corroborando para a ação de um consistente programa de controle biológico vinculado nos princípios do MEP.
       
Colaboradores: Diego Mendes                     
                          Gracieli de Lucca   
                          Marcelo Fardini
                          Thais Vendramini
       
               Fontes:

Gravena, S. Manual prático de manejo ecológico de pragas dos citros - Jaboticabal: S.Gravena, 2005. 372p.
Bueno, V.H.P. Controle Biológico de Pragas: produção Massal e Controle de Qualidade. Ed. UFLA, 2009.
Silveira, et.al. Record of two species of Orius Wolff (Hemiptera, Anthocoridae) in Brazil. Revista Brasileira de Entomologia 47 (2), 2003.


 
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