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INSETOS NO ESPETO

            Tanto os convencionais espetinhos de churrasco, como o bife mal passado estarão saindo dos tradicionais cardápios familiares em breve. Mas não é que passaram do ponto, e sim, porque a produção mundial de carne, que não é sustentável, não suportará o crescimento demográfico da população na demanda por proteína. Um recurso para a nova realidade seria a alimentação insetívora. Chega da feijoada, churrascada ou peixada. A novidade está para a Insetada! Insetos serão colocados à prova.


          A Nutrinsecta, empresa brasileira que produz insetos para ração de animal, fez um pedido recentemente ao Ministério da Agricultura e Ibama: Um certificado que permitiria o consumo de insetos pelos humanos. Um grande salto inovador para a gastronomia nacional. "ECA!!!! Mas quem aceitaria de princípio uma porção de baratas grelhadas ou insetos no espeto?"
         


        Para os ocidentais, o que causa asco é apenas uma questão cultural. E para transpor este obstáculo deve-se primeiro entender todo um processo. Comecemos por um flashback Ensino Médio: "CAMARÃO ou LAGOSTA = ARTRÓPODE; BARATA ou GRILO = ARTRÓPODE. Repitam agora comigo: Eu como camarão e lagosta, logo, posso comer barata e grilo". Além disso, o processo da criação para o consumo humano exige rigorosas vigências sanitárias.
        Apesar de tudo há quem se garanta resistente com a possível mudança e não pretende deixar de lado a gordurinha da picanha. Acontece que segundo a FAO, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que cuida da questão da alimentação mundial, garante que até 2050 o consumo global de carne deverá dobrar. E o custo disso tudo? Possuindo uma economia crescente, a alta produtividade irá transformar a carne em ouro. Então poderíamos mudar a fonte proteica. Para ter uma ideia, analisando um teor de 100 gramas de proteína em um gafanhoto, uma mosca doméstica e um percevejo, há 52%, 61% e 68% respectivamente, contra 24% em média para boi, frango e porco.


          Embora estejamos todos fadados a perder o acesso a um dos maiores reservatórios de proteína: a carne bovina. A busca por outras fontes fará com que revejamos conceitos culturais e busquemos meios mais sustentáveis. Dessa forma, a repulsa por insetos pode ser comparada a momentos anteriores, quando estabelecimentos de culinária japonesa não tinham tantos fregueses como atualmente. Mas foi com o conhecimento que a população integrou o oriente na culinária nacional. Agora aguardemos os grelhados, ensopados e refogados de insetos. Vai um espetinho aí?

Vejam o vídeo abaixo:
O processo já está bem adiantado!!! Deu até vontade de experimentar. O produto nós já temos!

Referência:
Revista Época, 2 de Maio de 2011.
Fonte:
http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/2011/01/fao-promove-comer-insetos-nauseabundos.html

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